19 de jul. de 2009

Conceitos Diversos Sobre Trabalho



De um modo simples, pode-se afirmar que trabalho é a aplicação da energia humana (física e mental) numa atividade proposta e útil, pois o homem pelo trabalho pode modificar a natureza, dispondo-a a seu serviço.
A palavra trabalho vem do latim vulgar tripalium, nome de um instrumento agrícola que possuía três paus aguçados que era usado para bater o trigo e outros cereais, para debulhá-los. Muito embora alguns dicionários definam como um instrumento de tortura, o que pode ter se tornado mais tarde. Todavia, trabalhar está relacionado à ideia de tortura e sofrimento, sentido que se perpetua hoje.
O conceito bíblico de trabalho também é definido a ideia de sofrimento, quando em Genesis encontra-se: “ganharás o seu pão com o suor de seu rosto”. Pois por meio de um esforço doloroso é que o homem sobrevive na natureza.
O homem sentiu a necessidade do trabalho ainda nas sociedades primitivas e, sua função mais primordial era a defesa da unidade do clã contra as hostilidades da natureza como os animais ferozes e o clima. Descobriu que o trabalho tem melhor resultado quando é executado em comunidade. Por isso adotou um estilo de vida comunitário.
Em relação ao trabalho, o escravismo foi uma prática dominante nas relações humanas. Os escravos trabalhavam na agropecuária, serviços domésticos entre outros. Até mesmo os gregos atribuíam inúmeras justificativas éticas em defesa do escravismo, já que os gregos livres tinham como suas atividades, o que era digno de um homem livre, o ócio dos filósofos.
Durante um longo período, cerca de mil anos, a Igreja Católica defendeu o conceito de desapego do às riquezas. Nesse período, o escravismo foi substituído em servilismo, o feudalismo estava dominando e impunha o trabalho como meio de subsistência, de disciplina do corpo e purificação da mente.
Com a crise feudal e o renascimento do comércio, surge uma nova estrutura social: a sociedade capitalista. Muito embora, ainda se intensificou por muito tempo o escravismo: o trabalho compulsório de africanos nas colônias da America.
Pela busca de produção de excedentes para a troca no mercado, houve o desaparecimento da livre escolha, submetendo o trabalhador a uma dominação de quem detinha os recursos de que o sistema exigia.
No começo do século XX, os economistas preocupavam-se com a possibilidade de chegar o dia em que todas as famílias seriam proprietárias de todos os bens disponíveis no mercado, levando o sistema ao colapso. Porém a impossibilidade da satisfação humana leva a economia de mercado a todo vapor.
Os primeiros momentos da modernidade conservam a idéia de que a virtude é obediência à razão contra o império caótico das paixões, que a virtude é dever e obrigação em face de valores e normas universais, que a liberdade é o poder humano para enfrentar com as suas próprias forças a contingência e a adversidade, cujo nome é Fortuna, e que a responsabilidade é a marca da honradez virtuosa, pois não há liberdade sem responsabilidade.
As pessoas vivem a procurar significados que validem o seu modo e estilo de vida em busca do bem-estar e satisfação material. No entanto, há uma questão em foco que deve ser repensada: há compromisso com a ética? Para esse fim, é necessário discorrer sobre conceito de ética.



A ética faz parte de uma das três grandes áreas da filosofia, mais especificamente, é o estudo da ação - práxis. Ao lado do estudo sobre o “conhecimento” - como a ciência, ou a lógica - e do estudo sobre o “valor” – seja ele artístico, moral, ou científico - o estudo sobre a ação engloba a totalidade do saber e da cultura humana. Está presente no nosso cotidiano o tempo todo, seja nas decisões familiares, políticas, ou no trabalho por exemplo.A palavra ética tem origem no termo grego ethos, que significava “bom costume”, “costume superior”, ou “portador de caráter”. Impulsionado pelo crescimento da filosofia fora da antiga Grécia o conceito de ethos se proliferou pelas diversas civilizações que mantiveram contato com sua cultura. A contribuição mais relevante se deu com os filósofos latinos. Em Roma o termo grego foi traduzido como “mor-morus” que também significava “costume mor” ou “costume superior”. É dessa tradução latina que surge a palavra “moral” em português.




As leis garantem a existência de um marco legal, trata-se de um marco que necessita adquirir visibilidade, ser implementado quotidianamente através da prática dos cidadãos, serem protegido por instâncias jurídicas ágeis e respeitadas para a resolução de conflitos e por associações organizadas para sua defesa e implementação
Hoje o direito ao trabalho é o ponto central, pois ameaçado por um modelo de desenvolvimento gerador de desemprego. Por outra parte, toda a temática dos direitos conquistados está na pauta, pois esse mesmo modelo tende à precarização das relações de trabalho.

Referências:

Sánchez Vásquez, Adolfo. Ética; tradução de João Dell’ Anna. -19ª Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.
Novaes, Adauto. Ética. São Paulo: Companhia das Letras – Secretaria Municipal da Cultura, 1992

2 comentários:

  1. Alegria em te ver por aqui. Continue postando. Me tornei seguidor do seu blog. Abração

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  2. Ficou muito bom este artigo, parabéns! Que Deus continue te abençoando mais!

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