19 de jul. de 2009

NENHUM DIREITO SOBRE MIM – (João 14:30b)


Como relatar a morte de Cristo e que tipo de valor estava ligado à sua morte sempre foi complexo apontar. Contudo, o que observamos é um relato de profunda compreensão do Senhor acerca desse fato. A sua morte era em obediência à vontade de Deus puramente, e tudo por amor à humanidade perdida em seus pecados.
Ao considerar tudo que os discípulos acreditavam e esperavam acerca do messias, sua morte era algo indesejável. Foi por isso que o apóstolo Pedro, em certa vez, disse que não deixaria isso acontecer em hipótese alguma (Mt 16:22). Havia uma concepção de que o messias governaria e, portanto, era imprescindível que sua vida fosse poupada por seus súditos.
Quando chegou o tempo de ser entregue ao sinédrio, Jesus afirmou que o príncipe deste mundo estava se aproximando, porém, não tinha direito nenhum sobre si. Sua prisão e sua morte não era atribuído a Satanás, mas à vontade de Deus em sua supremacia absoluta, pois era propósito de Deus restaurar o homem à sua imagem, o que só era possível pela morte de seu Filho.
A palavra “direito” tem significado judicial e jurídico; é uma sentença legal, que pode ser atribuído à forma penal imposta pelo juiz em um caso deferido no tribunal. Jesus não devia nada ao Diabo, por isso, sua justificativa e defesa era correta. Tudo que estava a fazer era em prol do ser humano, e não em favor de si mesmo. Sua morte traria legitimidade à compra ou pagamento pelo homem. O pagamento foi dado a Deus e não ao Diabo, pois o homem tinha um débito sim, com Deus.
Com ênfase na afirmativa de Cristo, abordo uma pergunta: que direito tem Satanás sobre o homem? O pecado original levou o homem a estar distante de Deus e carente de sua glória (Rm 3:23), por esse motivo, a humanidade ficou a mercê do Diabo, debaixo de seu legado, pois foi quem, oportunamente, seduziu e armou uma cilada a Adão, que por sua vez caiu, e, como representante da humanidade, conduziu a todos essa mesma condição: escravo do pecado e, também, escravo do Diabo.
A situação do homem só pode ser mudada por intermédio do sacrifício vicário de Cristo, já que foi na cruz que sua dívida foi paga à mão do soberano Juiz, o qual aceitou o pagamento que outorgava um novo tempo à humanidade. Perdão e regeneração são herança desse propósito. Com efeito, cada cristão não pertence a si mesmo, mas a Jesus, por ser comprado com preço de sangue.
Para que Satanás não tenha direito sobre você é necessário confessar Cristo como Senhor e Salvador! Todavia, ainda assim, cada pessoa não terá direito sobre si mesma, pois, tudo que é herança da salvação, devemos a Jesus que pagou um alto preço para que a situação da humanidade fosse modificada.
Enquanto o homem vive no pecado, seja pela ignorância ou por desmazelo, coloca-se debaixo da tutela do Diabo e, portanto, vítima de suas atitudes de maldade. Somente por meio da confissão de seus pecados e quando aceita o senhorio de Cristo sua sentença é mudada – de escravo passa a ser livre.
O direito é conferido a alguém mediante uma lei, na qual estabelece-se o deferimento do processo, o qual é firmado e reconhecido (Cl 2:13-15). Deus, o Juiz maior, reconheceu o pagamento, ou seja, o sangue de Seu Filho. Isso nos atribui o direito de sermos chamados de filhos de Deus, nós que recebemos a Jesus.
Deus já conferiu direito a cada pessoa por intermédio de Cristo, agora necessário é que cada pessoa atribua a Cristo total direito sobre seu viver, para que Satanás seja humilhado e perca todo o legado sobre a alma do homem, o que possibilitará a libertação dos domínios das trevas!

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